Inauguração

A Diretora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Professora Doutora Fernanda Ribeiro, tem a honra de convidar para assistir online à inauguração da “Casa dos Livros” – Centro de Estudos da Cultura em Portugal da Universidade do Porto. A cerimónia terá lugar no dia 1 de abril de 2022, pelas 15h00, e será transmitida através do YouTube da U.Porto (link: https://youtu.be/QpHXqSsZDFc ).

Digna-se presidir à cerimónia Sua Excelência, o Senhor Presidente da República Portuguesa, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa.

 

Exposição “Vasco Graça Moura: a sua obra e os seus livros”

Esta mostra da obra de Vasco Graça Moura, que surge no momento da abertura a público da “Casa dos Livros”, não pretende ser exaustiva – o espaço não o permitiria – mas contempla os grandes núcleos da sua obra: poesia, ensaio e ficção. Consideram-se igualmente como parte integrante da sua obra, as diversas traduções para a língua portuguesa de autores maiores, como Dante, Petrarca e Shakespeare, não esquecendo, entre outros, Racine, Rilke e Heaney, que, pela sua mão de mestre, nos foram apresentados na língua de Camões.
Obras em que foi editor literário e científico, coordenador, organizador ou compilador, são em número elevado. Porém, não caberiam aqui. O mesmo acontece com os incontáveis textos publicados ao longo de décadas em obras de diferente cariz. Testemunham quão diversos e generosos sempre foram os interesses de Vasco Graça Moura.
Traduções da obra de Vasco Graça Moura publicadas em línguas tão distintas como o italiano, o francês, o espanhol, o inglês, o alemão ou o sueco também não fazem parte desta exposição.
Por limitações de espaço, publicações periódicas e obras em formatos não impressos também não se encontram aqui presentes.

 

SALA 1

1. POESIA
Vasco Graça Moura publica a sua primeira obra poética, Modo Mudando, em 1963.
Em 2002, celebrando os 60 anos de Vasco Graça Moura, a Asa edita Artes Poéticas: pequena antologia reflexiva; Arredores da Família: antologia dos afectos; Musa da Música: antologias das ontologias; Outros lugares: antologia de alguns percursos; Testamento de VGM; Antologia de Convívios e Imitação das Artes.
A poesia de Vasco Graça Moura foi distinguida aquém e além-fronteiras. Um dos prémios mais relevantes que recebe é, em 2004, a Coroa de Ouro do Festival de Poesia de Struga, na Macedónia.
Uma cuidada edição de poemas escolhidos de Vasco Graça Moura traduzidos para macedónio surge, aqui, em representação do que, ao longo de décadas tem sido publicado no estrangeiro, em várias línguas.
Em Portugal, destacam-se o Prémio de Poesia do PEN Clube, em 1994, o Prémio Pessoa, em 1995 e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores em 1997.
A cumplicidade com o mundo artístico foi sempre uma tónica no modo de ser e estar de Vasco Graça Moura. Exemplo disso é a colaboração com Cargaleiro, José Aurélio e Luigi Mariani aqui apresentada.

2. DANTE
Vasco Graça Moura traduziu Dante e Petrarca. A sua tradução de A Divina Comédia, de 1995, permanece incontornável.
Em 2007, o Ministério da Cultura italiano atribuiu a Vasco Graça Moura o Premio Nazionale per la Traduzione. De acordo com a deliberação tomada por unanimidade, o próprio júri afirmava, então, que a sua “rica e vasta atividade como tradutor contribuiu de forma especial para a divulgação, em Portugal e nos países lusófonos, das mais marcantes obras da literatura italiana, em versões de alta qualidade estética e de escrupuloso respeito pelos originais”.
Em 2004, tinha já recebido o Prémio Città di Monselice per la Traduzione Letteraria e Scientifica.

3. SHAKESPEARE
Em 2002, Vasco Graça Moura publica na Quetzal a tradução dos 154 sonetos de William Shakespeare, na sua versão integral. Antes, todavia, tinha já publicado Dezassete Sonetos de Shakespeare, em 1977, e 50 Sonetos de Shakespeare, em 1978.
Um dos prémios que em Portugal lhe foi atribuído pelo seu trabalho como tradutor é, em 2006, o Prémio Fahrenheit 451, da União de Editores Portugueses.

4. CAMÕES
Camões é um dos eleitos de Vasco Graça Moura. A temática camoniana origina, por exemplo, Luís de Camões: alguns desafios (1980); Camões e a Divina Proporção (1985); Os Penhascos e a Serpente e Outros Ensaios Camonianos (1987); Fernão Gomes e o Retrato de Camões (1989); Sobre Camões, Gândavo e Outras Personagens (2000); Os Lusíadas para Gente Nova (2011); Retratos de Camões (2014).
A estes títulos acresce a tradução para a língua portuguesa das poesias castelhanas que Camões escreveu (2010).

5. FICÇÃO, ENSAIO E CRÓNICA
Quatro Últimas Canções, publicado em 1987, é o primeiro romance de Vasco Graça Moura. Sobre a Casa de Mateus, em pano de fundo no seu romance de estreia, Vasco Graça Moura escreve Figuras em Mateus, em 2002.
Em 2001 já tinha editado Páginas do Porto, uma compilação de textos e poemas seus sobre a cidade onde nasceu.
As suas duas peças de teatro publicadas, Ronda dos Meninos Expostos, de 1987, e Auto de Mofino Mendes, de 1994, figuram, também, neste núcleo.
O Grande Prémio de Romance e Novela da APE, em 1997 e 2004, o Prémio Internacional de Literatura La Cultura del Mare, em 2002, o Prémio Internacional Diego Valleri, em 2004, o Prémio Vergílio Ferreira e o Prémio Max Jacob, em 2007, o Prémio Morgado de Mateus, em 2013, são outros exemplos de distinções recebidas.

 

SALA 2
Nas vitrines 1 e 2, entre 1ªs edições, reedições e edições mais recentes, encontram-se títulos relevantes da obra poética de Vasco Graça Moura.
Entre Modo Mudando, de 1963, e A Puxar ao Sentimento, de 2018 (publicado postumamente), apresenta-se uma parte significativa da sua produção poética.

 

SALA 3
Na vitrine 3, dedicada à tradução, expõem-se os clássicos e os contemporâneos traduzidos, começando por H. M. Enzensberger, poeta alemão nascido em 1929 e o primeiro estrangeiro que traduziu, e terminando em Camões, numa edição das suas poesias castelhanas, pela primeira vez publicadas autonomamente em 2010.
Entre ambos estão Dante, Petrarca, Shakespeare, e também Corneille, Rostand, Racine, a par de Rilke, Heaney e Garcia Lorca, entre outros.
Na vitrine 4, o ensaio e a ficção preponderam. Vasco Graça Moura publicou inúmeros textos ensaísticos em livros, em revistas, em obras de outros autores com os quais colaborou, em catálogos de exposições, em coletâneas.
Quanto à ficção, sobretudo romance e novela, são expostos os mais significativos títulos, terminando com a trilogia O Vermelho e as Sombras (2008-2010).

DIÁLOGOS INTERARTES. Palestra de Isabel Pires de Lima: «Ludismo interartes: Eça, Camilo, Graça Moura e J.A. Manta (um póstumo de Graça Moura)»

DIÁLOGOS INTERARTES. Ciclo de palestras

– Coordenação de Isabel Pires de Lima e Pedro Eiras (Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa)

O ciclo de palestras Diálogos Interartes pretende observar as relações entre as obras dos poetas Albano Martins, Eugénio de Andrade, Herberto Helder, Manuel António Pina, Vasco Graça Moura (cujos espólios a Casa dos Livros acolhe ou receberá em breve) e outras formas artísticas – como a pintura, o desenho ou o cinema. Na sequência dos estudos intermediais que desenvolve há muitos anos, o Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa propõe assim uma revisitação da obra de poetas maiores, através do diálogo – quantas vezes surpreendente – com outras artes.

 

Entrada livre.

DIÁLOGOS INTERARTES. Palestra de Pedro Eiras: «Manuel António Pina: um poeta entra no cinema…»

DIÁLOGOS INTERARTES. Ciclo de palestras

– Coordenação de Isabel Pires de Lima e Pedro Eiras (Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa)

O ciclo de palestras Diálogos Interartes pretende observar as relações entre as obras dos poetas Albano Martins, Eugénio de Andrade, Herberto Helder, Manuel António Pina, Vasco Graça Moura (cujos espólios a Casa dos Livros acolhe ou receberá em breve) e outras formas artísticas – como a pintura, o desenho ou o cinema. Na sequência dos estudos intermediais que desenvolve há muitos anos, o Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa propõe assim uma revisitação da obra de poetas maiores, através do diálogo – quantas vezes surpreendente – com outras artes.

 

Entrada Livre.

Exposição «42 desenhos de António Carneiro para o Inferno de Dante»

A exposição resulta de uma parceria da FLUP com o Museu Nacional Soares dos Reis e conta, ainda, com a colaboração da ASCIP – Associazione Socio-Culturale Italiana del Portogallo Dante Alighieri e dos Amigos do MNSR – Círculo Dr. José de Figueiredo.

A exposição assinala os 150 anos do Nascimento do Pintor António Carneiro (1872-1930), abordando uma temática umbilicalmente relacionada com o percurso intelectual de Vasco Graça Moura, que, como se sabe, foi tradutor da Divina Comédia. No âmbito desta exposição estão programados diversos eventos culturais, começando por um momento musical no dia da inauguração, onde será executada a peça musical Inferno, da autoria do Compositor Fernando Valente, executada pela Pianista Francesca Serafini.

Inauguração da Exposição «42 Desenhos de António Carneiro para o Inferno de Dante»

A Diretora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto,
Professora Doutora Fernanda Ribeiro

O Diretor do Museu Nacional de Soares dos Reis,
Doutor António Ponte

O Presidente da Associazione Socio-Culturale Italiana del Portogallo Dante Alighieri,
Generale Angelo Arena

 

têm a honra de convidar para a inauguração da Exposição «42 Desenhos de António Carneiro para o Inferno de Dante». O evento terá lugar no dia 16 de setembro de 2022, pelas 17h30, na Casa dos Livros.

A cerimónia contará com o momento musical INFERNO
Música de Fernando Valente | Pianista: Francesca Serafini.

DIÁLOGOS INTERARTES. Palestra de Vitor Ferreira: «Albano Martins e a voz da pintura»

DIÁLOGOS INTERARTES. Ciclo de palestras

– Coordenação de Isabel Pires de Lima e Pedro Eiras (Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa)

O ciclo de palestras Diálogos Interartes pretende observar as relações entre as obras dos poetas Albano Martins, Eugénio de Andrade, Herberto Helder, Manuel António Pina, Vasco Graça Moura (cujos espólios a Casa dos Livros acolhe ou receberá em breve) e outras formas artísticas – como a pintura, o desenho ou o cinema. Na sequência dos estudos intermediais que desenvolve há muitos anos, o Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa propõe assim uma revisitação da obra de poetas maiores, através do diálogo – quantas vezes surpreendente – com outras artes.

 

Entrada Livre.